Decidi escrever esse post ontem pela manhã, ao ler um jornal aqui em Nova York, onde na matéria principal estavam os recentes ataques a embaixadas norte-americanas em países muçulmanos em retaliação a um filme critico do Islã produzido nos Estados Unidos. Mais interessante do que isso, foi olhar para o lado no restaurante em que eu estava e ver judeus, cristãos, muçulmanos, hindus e budistas convivendo no mesmo ambiente; pessoas de origens e credos completamente distintos, mas respeitando-se mutuamente num pacífico restaurante. Isso me fez lembrar uma das razões pelas quais decidi viajar: conhecer as diferentes religiões do mundo, em que acreditam, como percebem a realidade e o que tinham a me ensinar.
Aprendi muito com todas as religiões. Na Europa cristã conheci a beleza inigualável da catedral velha de Salamanca, o imponente Dom em Colônia, a mágica catedral de São Basílio em Moscou, Saint Paul em Londres, Notre Dame em Paris, Sagrada Família em Barcelona, Duomo em Florença e muitas outras catedrais colossais e impressionantes. Lendo a Bíblia aprendi que o Reino dos Céus esta dentro de nós e que façamos ao outro o que gostaríamos que fosse feito a nós mesmos. Viajando pelo Marrocos, Turquia e Emirados Árabes conheci a beleza das mesquitas, como a Mesquita Azul em Istambul e a incrível Mesquita Sheikh Zayed em Abu Dhabi (sem falar no Taj Mahal, que apesar de não ser uma mesquita, é uma maravilhosa demonstração artística muçulmana). Lendo o Corão entendi que a vida no terreno mundano não se separa do divino em nenhum momento e aprendi a admirar a devoção a Deus existente nesta religião. Viajando com amigos de Israel aprendi que a prosperidade também é divina e como alguns locais na Terra são importantíssimos para algumas religiões.
A Índia me fez entrar em contato com o hinduísmo, seus templos, milhares de Deuses e lições para a vida inteira. Os templos esculpidos em pedra em Ellora, o magnífico templo Padmanabhaswamy em Trivandrum, a estada em um Ashram em Rishikesh , o contato com o guru Prem Baba e a leitura do Bhagavad Gita me ensinaram além de respeitar todos os seres vivos, o que é o karma e como o princípio de ação e reação se aplica a tudo no Universo. Diferentes vertentes do budismo e seus infinitos templos no Sudeste Asiático e partes da Ásia oriental me mostraram a importância da moderação em tudo na vida, a experiência como forma de aprendizado e como a meditação melhora nossa vida em todos os aspectos. Passar um tempo com monges em templos na Tailândia e Coréia do Sul também foram experiências únicas para mim. Isso sem contar as diversas crenças que ainda foram preservadas na África, Américas indígenas, moral confucionista, umbanda, espiritismo, os amigáveis Sikhs, xintoísmo e muitíssimas outras.
Concordo que é difícil aceitar algumas coisas como o sistema de castas na Índia ou o apedrejamento de uma mulher que traiu o marido, mas viajo para observar e aprender com o mundo (deixar o mundo mexer comigo acabou fazendo meu mundo mudar). Procuro observar, mas não julgar, pois não tenho conhecimento suficiente sobre a vida, experiências e aprendizados dessas pessoas. Procuro ser imparcial e não me intrometer em costumes e tradições que são muito mais antigos do que os mais velhos sábios que conheci. Estando de coração aberto e mente receptiva absorvo o melhor de cada religião, aquilo que funciona para mim. Sempre que pude, estudei os ensinamentos de Buddha, Jesus Cristo, Confúcio, Profeta Mohamed e outros seres humanos que exercem uma gigantesca influência na maneira como o mundo é atualmente. Aprendi a respeitar e entender religiões, culturas e comportamentos. O que é normal para nós pode ser um grande absurdo para outras religiões. Comer carne de vaca na Índia, não cobrir a cabeça em uma mesquita ou apontar seu pé para uma estátua de Buddha, pode gerar um tremendo mal estar.
Tenho amigos pelo mundo todo das mais diversas religiões e encontro pontos em comum com todos eles. Olhando o jornal (e vendo essa batalha Ocidente x Oriente, que me lembra as Cruzadas de mil anos atrás) fico sem entender o que ocorre. Entretanto olhando a pacificidade das pessoas no restaurante, acredito que ainda viveremos em paz. Gandhi disse que as diferentes religiões são lindas flores provenientes de um mesmo jardim e eu tive essa experiência ao ver o restaurante com uma diversidade tão bonita. Aprendi no oriente a ter calma e paciência. “Insha’Allah” me ensinou que o que tiver que ocorrer vai ocorrer. E entender o processo hindu e budista de morte e renascimento em outro corpo me ensinou que de qualquer maneira devemos fazer o bem. Alias, ter uma vida moral independe da religião e muitos ateus que conheci na estrada encontraram ótimas razoes para fazer o bem. Palavras-chave: humildade e consciência. Aprendi a fazer o que depende de mim, evitando me preocupar com o que não posso agir. Não sou niilista nem hedonista, mas ao invés de buscar um sentido para as coisas, prefiro buscar minha felicidade, esteja ela onde estiver. E mantenho o copo vazio, sempre disposto a aprender…
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Que show essa matéria..realmente não importa a religião e sim as atitudes…conheço muito religioso incapaz de uma atitude de solidariedade ao próximo como conheço ateus que são sers humanos fantásticos…recentemente fiquei sabendo que o Dr.Drauzio Varela é ateu…imagina um cara que tem um coração gigante ..ajuda o próximo sempre……
O que importa no final é o respeito e boas atitudes consigo mesmo e com o próximo….“Insha’Allah” ….
Forte abraço!!!!
By: Edna on 26/09/2012
at 18:30
Querida “Hakuna Matata” Edna,
Atitude é tudo nessa vida, e a atitude que temos frente a vida é mais do que tudo! O que vale e o que conta é o que fazemos! E o Dr. Drauzio é um grande ser humano, indepentemente de suas crencas! A melhor solucao sempre beneficia voce e os outros!
Beijos,
Riq Lima
By: riqlima on 01/10/2012
at 1:05
Hakuna Matata
By: Edna on 26/09/2012
at 18:31
Nossa Riq como sua visão do mundo mudou e mudou pra melhor , pra mim o que importa e o que fazemos de bem pro outro e pra nos mesmos , emocionada com suas linhas … vc é muito especial besos mil
By: Enriqueta(Erica) Font Parraga on 26/09/2012
at 18:41
Erica,
Tambem fico emocionado com os seus elogios, somos todos especiais, cada um a sua maneira! E voce é uma pessoa com um excelente coracao e merecedora de toda felicidade do mundo! Muito bom te rever, e obrigado pelos elogios,
Besos,
Riq Lima
By: riqlima on 01/10/2012
at 1:02
Eu não só respeito outras religião como também, dependendo das circunstancias do momento, até participo.
Muito curioso com essa estátua de Buda com 46 metros deitado, quem sabe se um dia estarei por essas bandas e farei uma visita com todo respeito as dicas que foram relatadas na postagem.
Se eu soubesse escrever tão bem como o Riq, faria aqui outra matéria sobre religiãos mundo a fora, pois, sou pilho de igrejas e templo sem se importar com a religião, importante pra mim são os valores e as crenças de um povo, de uma comunidade ou de um pais.
Parabéns Riq Lima.
By: Walter Leite on 26/09/2012
at 19:07
Caro Walter,
Sao pessoas como voce que fazem do mundo um lugar pelo qual se vale a pena lutar! Voce é um cara de coracao aberto, espirito livre e mente receptiva, e sua admiracao, respeito e participacao em diversas religioes mostram isso! Vale muita a pena ir para Asia ver, dentre muitas coisas, essa estatua gigante! Agradeco de coracao aos elogios, mas nao escrevo tao bem assim! O Eder que é um excelente professor!
Forte abraco, independente da sua religao!
Riq Lima
By: riqlima on 01/10/2012
at 1:00
Demais esse post! Viajar é mesmo perceber as diferenças, aprender com o diverso e se maravilhar com o que a gente aprendeu!
By: Celina Martins on 26/09/2012
at 19:37
Celina,
Concordo com voce! Obrigado pelo elogio e que continuemos viajando, apreciando as diferencas, aceitando a igualdade, aprendendo e nos divertindo a cada segundo! O mundo realmente é a melhor escola que existe….
Riq Lima
By: riqlima on 01/10/2012
at 0:59
Muito interessante Riq, a riqueza de conteudo vivida e escrita é surpreendente! Parabéns!
Você curte intensamente tudo o que vive e vive intensamente os NOVOS conhecimentos e aprendizado, isso é lindo de viver!!!
Beijasso
By: Miriam on 26/09/2012
at 23:52
Mi,
Valeu mesmo pelos elogios, vindo de voce, significam muito pra mim! Me divertindo e aprendendo sempre! Agora o desafio é continuar vivendo o sonho de viajar em casa! Afinal, a vida é uma grande viagem!!! Muito bom ter ver de novo, Beijos
Riq Lima
By: riqlima on 01/10/2012
at 0:59
Um dos melhores posts da sua viagem Rick!!!!
Saudades bixão!!!
Rossen
By: Rossen on 27/09/2012
at 8:44
Rossen,
Muito obrigado, fico bem feliz que voce tenha gostado do post! Saudades, que estamos prester a matar!!!!
Forte abraco,
Riq Lima
By: riqlima on 01/10/2012
at 0:59
Riq uau! vc aprendeu “pá caraca” heim? afinal, tamo aki pra isso, né? tamo junto! foi mto bom fazer parte da sua estória nesse momento de abertura, tão grande, que tá rolando na sua vida AGORA. Abraço forte meu irmão, beijo no coração. Love & Light. Java
By: Java on 27/09/2012
at 9:02
momento a momento…fazem o nosso presente…o PRESENTE q é tudo q temos a cada momento. O presente que Deus nos deu e nos dá a cada momento!
By: Java on 27/09/2012
at 9:04
Saudades negão! “pirei” nesse templo em Bangkok!
By: Java on 27/09/2012
at 9:06
Java, minha grande amiga,
Obrigado pelas suas palavras! Realmente, o presente é nosso maior presente! E voce, com certeza, faz, e muito, parte de tudo isso! Os templos de Bangkok sao incriveis mesmo! Vamos juntos na proxima! Beijos e muita luz,
Riq Lima
By: riqlima on 01/10/2012
at 0:51
Olá, muito bom o seu texto e a estrutura do seu blog.
Estou lendo com calma.
Se puder, dê uma olhada no meu blog. Também fiz uma viagem à India de vários meses, anos atrás, incluindo no roteiro outros países da Ásia.
Além disso, percorri a América e Europa, sem falar, é claro, dos interiores do Brasil, ao longo do qual não me canso de explorar, sobretudo Amazônia, Sertão do Nordeste e Minas Gerais.
Abraços.
http://viajantesustentavel.blogspot.com.br/
By: Augusto on 10/10/2012
at 21:08
Ola Augusto
seu blog e bem legal. Voce viaja por lugares inusitados e como nos. Tambem adoramos o interior do Braisl e de qualquer outro pais.
continue nos acompanhando
grande abraco
Eder
By: Quatro Cantos do Mundo on 11/10/2012
at 18:00
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By: Viaje, saia da ignorância « Quatro Cantos do Mundo on 14/10/2012
at 10:20
Personagem fascinante A papisa Joana é um dos personagens mais formidáveis de todos os tempos, e um dos menos conhecidos. Embora hoje negue a existência dela e de seu papado, a Igreja Católica reconheceu ambos como verdadeiros durante a Idade Média e a Renascença. Foi apenas a partir do século XVII, sob crescente ataque do protestantismo incipiente, que o Vaticano deu início a um esforço orquestrado para destruir os embaraçosos registros históricos sobre a mulher papa. O desaparecimento quase absoluto de Joana na consciência moderna atesta a eficácia de tais medidas.
By: gold account on 25/10/2012
at 0:33
Nem o grande e importante avanço da ciência, para quem a comprovação de dados é fundamental, impediu ou diminuiu a necessidade que tem o homem de conexão com o misterioso mundo divino, que se acostumou a denominar de processo religioso. Muito se discute se uma corrente religiosa é seita ou religião, como se um simples termo pudesse definir um estado de ser. Isso só ocorre porque a humanidade ainda opta pela rivalidade, concorrendo com pessoas que pretendem a mesma coisa: comungar com o divino. Eu mesma, como humana que sou, quando sinto em alguém a tentativa de desvalorizar a religião que professo, esqueço-me que ela não precisa de defesa e termino por cair no jogo da rivalidade entre as religiões: um sentimento vaidoso me toma e afirmo que o candomblé é uma religião constitucional, composta de cosmogonia, dogmas, liturgia, rituais, blá, blá, blá… Esses termos são úteis, sim, quando o intuito é apresentar as diferentes formas que cada grupo encontra para manifestar sua relação com o mundo divino. É uma maneira didática de transmitir conhecimentos de modo que estes possam ser entendidos com uma maior facilidade.
By: silver price on 25/10/2012
at 7:18
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By: Nossa Viagem de Volta ao Mundo não Acabou – Voltando para casa… « Quatro Cantos do Mundo on 04/11/2012
at 9:30
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By: Nossa Viagem de Volta ao Mundo não Acabou – Por que viajamos? « Quatro Cantos do Mundo on 17/02/2013
at 8:47
Caro Ricardo, seu depoimento é mais uma evidência de que as questões são políticas e/ou econômica e não religiosas, já que todos comem juntos num restaurante de NY. Há que pense que judeus e palestinos mantém uma “briga religiosa”… não dá!! Ou que a China ocupou o Tibet pq não aceita a vida espiritual… não dá!! Muita conversa a partir daí. Depois falamos. Por onde anda? Beijão, Lelia
By: Lelia Maria Romero on 18/02/2013
at 18:01
Excelente comentário Lelia! Concordo 100% com você; mas, de coração, tenho esperança numa evolução da consciência humana em direção à paz! Seja através da percepção da total ausência de religião nesas brigas, ou seja após um colapso dos sistemas, algo tem que mudar! E ficamos nós de testemunhas, viajando por esse mundão maravilhoso!!! Beijos e obrigado por tudo novamente! Riq Lima
By: riqlima on 19/02/2013
at 23:44
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By: CONVITE: 32º Encontro dos Viajantes – Planejamento de uma Volta ao Mundo | Quatro Cantos do Mundo on 03/04/2013
at 8:51
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By: CONVITE: 34º Encontro dos Viajantes – Lançamento de Livro De Cape Town a Muscat – Uma Aventura pela África | Quatro Cantos do Mundo on 23/05/2013
at 7:55
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By: 5 Gringuices que todo gringo faz quando viaja para outro país – Parte I | Quatro Cantos do Mundo on 25/08/2013
at 9:17
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By: 5 Gringuices que todo gringo faz quando viaja para outro país – Parte II | Quatro Cantos do Mundo on 01/09/2013
at 9:23
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By: Lavar pratos, um passeio por diferentes culturas | Quatro Cantos do Mundo on 15/09/2013
at 9:47
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By: Nossa Viagem de Volta ao Mundo não Acabou – Por que viajamos? | Quatro Cantos do Mundo on 30/09/2019
at 15:39