Após um ótimo primeiro dia, começamos a caminhada muito animados. Nem parte do céu nublado e o conselho do nosso guia para levar um casaco de chuva (anorak) na mochila de ataque tiravam nosso ânimo.
Alguns minutos na trilha e uma leve garoa começava a incomodar, mas nada que chegasse realmente a molhar. Como estava me sentindo bem e com medo da chuva resolvi apertar o ritmo e deixei meus amigos para trás. Equívoco que não deveria ter cometido. Além de não escapar da chuva, ganhei uma dor de cabeça (mal de altitude) que me perseguiria até o fim do percurso. Meus amigos ficaram livres deste incômodo pelo menos por enquanto. Repetindo a dica de diamante do primeiro post: pole pole sempre.
Já encharcados, nos lembramos do vendedor na entrada do Parque. As polainas de que tanto tiramos o sarro do Eduardo foram muito úteis a ele (único que as tinha), pois mantiveram suas botas secas. Botas úmidas podem causar bolhas nos pés e nos 5.895 metros de altitude do topo fatalmente congelariam seus dedos. Dica de ouro: não esqueça suas polainas em sua subida do Kili ou leve um par de botas extra para caminhar sempre com pés secos.
O que seria um agradável almoço, tornou-se uma rápida parada para um lanche digamos molhado. Fugindo da chuva todos se amontoaram na cobertura de uma fossa. Normando virou-se bruscamente e seu boné foi parar na merda. Devidamente resgatado com o uso do stick (o stick serviu para algo) e armazenado em um saco plástico de supermercado seguimos a caminhada. Quem pensou que o boné é de estimação, ainda não viu nada. Nesta noite ele quase congelou os dedos lavando o dito cujo. Segundo ele, este foi o único boné que encontrou que servia na cabeça do menino.
Cansados, molhados, sujos e após onze quilômetros finalmente chegamos a Horombo Huts. Com 3.700 metros de altitude supera La Paz a capital boliviana tão temida pelos times de futebol brasileiros. Aqui mais uma surpresa. O carregador do Eduardo não pôs a capa de chuva em sua mochila durante a chuva. Resultado: todas as roupas e saco de dormir molhados. Dica de diamante: deixe claro a seu carregador (não ao guia) onde está guardada a capa de chuva de sua mochila.
Roupas penduradas para secar em vão, já que a chuva não parava lá fora e deixava o ar extremamente úmido. Quando pensávamos que já havia acontecido de tudo, mais uma. Ao contrário do primeiro dia, ainda tivemos que dividir o exíguo espaço de nossa cabana apinhada de roupas molhadas com um chinês que descia a montanha. Este camping é bastante disputado, pois abriga pessoas que estão subindo, descendo, além daqueles que optam por passar um dia a mais por lá para aclimatação. Neste ponto acertamos em cheio em não adicionar um dia de descanso e aclimatação. Em nossa opinião, desnecessário e de pouca contribuição no resultado final.
Dica de prata: uma vez as botas molhadas, coloque papel higiênico na parte interna para ajudar na secagem.
Dica de diamante lapidado: se durante a chamada dry season (temporada seca que vai de agosto a outubro) tomamos chuva, nem pense em subir o Kili durante a temporada de chuvas. Imaginem caminhar molhados no frio e altitude?
Ao final do dia concluímos: Boa Sorte é só mesmo o nome do cozinheiro, que dia para ser esquecido.
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Que aventura deliciosa e divertida, mas não quero para mim.
By: João Bezerra on 12/09/2012
at 18:38
João
você como legítimo representante da classe C jamais passaria por um perrengue destes. Sangue azul é outra coisa.
abs
Eder
By: Quatro Cantos do Mundo on 13/09/2012
at 10:58
Apesar de tudo, ótimas lembranças!!! Mas não se faz mais boné como antigamente.
By: Normando on 13/09/2012
at 21:51
É isso ai presidente
valeu muito a pena esta viagem. Você foi um ótimo companheiro de viagem.
abs e que muitas mais venham
Eder
By: Quatro Cantos do Mundo on 18/09/2012
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