Nos divertindo como lilliputeanos no Parque Gulliver – Valência – Espanha

Para quem não conhece o clássico “As Viagens de Gulliver”, um pequeno resumo. O romance trata de um náufrago que quando recobra a consciência se encontra em uma ilha onde os habitantes (lilliputenos) não passam de quinze centímetros de altura. Pois foi exatamente assim que nos sentimos ao entrar no Parque Gulliver, anões diante da grandeza de um Gulliver de setenta metros de comprimento e sete metros e meio de altura que deitado nos convida a escorregar por seus braços, pernas, sapato e até cabelos.

Monumental Gulliver deitado. Um convite a diversão

Detalhe (esquerda na foto) crianças descendo pelo cabelo do Gulliver

De outro ângulo as longas madeixas usadas como escorregador

Vista geral da cabeça do Gulliver

É isso mesmo, a enorme estrutura em formato de Gulliver montada no parque nos brinda com dezenas de escorregadores ou tobogãs como são chamados aqui na Espanha. Uns que realmente dão um frio na barriga, outros mais suaves, mas a verdade é que uma vez lá além dos pequenos você vai se deparar com muitos barbados brincando como se fossem crianças tamanha a tentação que o tal Gulliver nos oferece. Se o Parque Gulliver já não existisse teria que ser inventado o mais rápido possível foi o que pensei ao chegar ao local. É o tipo de lugar que até o coração mais duro e insensível vai se sensibilizar ao lembrar de sua infância.

As crianças podem subir por escadas como esta na parte de trás da foto

ou por cordas espalhadas por todo parque

sem esquecer das redes

Eu mesmo no começo acompanhava os meus para assegurar que estariam seguros, mas depois subia e descia pelo puro prazer de voltar a tenra idade por alguns momentos. É contagiante ver o brilho nos olhos de cada um (crianças e adultos) e deve ser mesmo uma delícia para todos pois em um determinado momento as portas do parque foram fechadas já que saia gente pelo ladrão. Do lado de fora a quantidade de gente só aumentava, mas ninguém arredava pé da fila para entrar.

Reparem na fila no topo do escorregador

Até a bota do Gulliver virou lugar para escorregar

ou para outros como a Luna, um lugar de descanso à sombra

O chapéu do Gulliver virou banco e dentro dele há uma miniatura do parque

Lilliputeanos caminhando sobre a mão de Gulliver

Aproveitamos o parque por umas três horas e só não ficamos mais porque era o terceiro dia de uma viagem muito intensa e tanto as crianças quanto nós, pais, estávamos exaustos, mas até hoje as crianças nos pedem para voltar. Será que eles têm razão? Confiram as fotos e vídeos e deixem seus comentários.

Família descendo junta. E quem disse que adulto não gosta?

Com direito a frio na barriga

Tem para todos os gostos e tamanhos

Reaparem na fila la em cima

Localização

O parque Gulliver fica em Valência no antigo leito do rio Turia que foi desviado da área urbana da cidade e deu lugar a uma das mais incríveis áreas verdes urbanas do mundo. Algo como o Central Park em Nova Iorque ou a Floresta da Tijuca no Rio. Nesta mesma área fica um Lugar Único no Mundo que também é imperdível, clique no link para conhecer a Cidade das Artes e das Ciências de Valência.

O endereço exato é Jardín del Turia, s/n, 46023 Valência, mas se tive alguma dificuldade de encontrá-lo basta perguntar pelo Parque Gulliver que todo mundo conhece.

Como chegar

De metrô

A estação de metrô mais próxima do parque é a estação Alameda (linhas 3, 5, 7 ou 9). São apenas mil e duzentos metros de caminhada entre o parque e a estação que podem ser feitos em menos de quinze minutos com a vantagem de passar pela Cidade das Artes e das Ciências no caminho. Podemos assegurar que será uma caminhada para lá prazerosa.

De ônibus

As linhas de ônibus que servem a região e podem te deixar poucos metros da entrada do parque são: 19, 25, 40, 94 e 95.

De carro

Como havíamos alugado carro para viajar desde Barcelona a Valência utilizamos este meio de transporte. O acesso foi fácil, mas encontrar uma vaga para estacionar nos tomou pelo menos uns quinze minutos. Aos domingos e feriados os carros podem estacionar na rua sem pagar zona azul, mas nos outros dias uma tarifa é cobrada para estacionar nas ruas centrais da cidade incluindo as imediações do parque. Por isso dê preferência ao transporte público.

Preços dos ingressos

O Parque Gulliver foi construído em 1990 e é gerenciado pela prefeitura de Valência e por isso mesmo não há cobrança de ingressos. Isso mesmo grátis, free of charge, na faixa. É só chegar e se não estiver lotado, entrar, brincar e ir embora sem a menor cerimônia.

Horário de funcionamento
Os horários de funcionamento variam conforme a época do ano. Vejam abaixo, mês a mês os horários de abertura e fechamento do Gulliver:

Das 10:00 às 20:00 horas ininterruptamente nos meses de abril, maio, junho e setembro
Das 10:00 às 13:30 horas e das 17:30 às 21:00 horas em julho e agosto
Das 10:00 às 17:30 horas ininterruptamente nos meses de outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março

Onde ficar 

Quando estive em Valência me hospedei no Eurostars Rey Don Jaime e só tenho boas referências deste hotel quatro estrelas. Café da manhã farto e saboroso, quartos impecáveis, ótima conexão a internet, cama confortável, chuveiro com água abundante e piscina. E o melhor de tudo fica a poucos metros de caminhada da grande atração turística local, a Cidade das Artes e das Ciências e do próprio Parque Gulliver.

Quarto do Don Jaime

Café da manhã delicioso

Lobby do hotel

No verão que tal uma piscina

Caso queiram outras opções basta clicar em Hotéis Valência e procurar a hospedagem que mais lhe agradar.

Quando ir

O clima na cidade varia muito pouco durante o ano e as chuvas são raras nesta região apesar de não ser uma área desértica. O mês mais chuvoso é outubro com precipitações médias de 85 mm e em julho cai somente 10 mm de água dos céus. Já a temperatura flutua muito pouco, com invernos amenos com mínimas de 7,3 graus em fevereiro. O verão segue o mesmo padrão e não há os calores infernais de outras regiões da Espanha. As máximas de agosto são de 29 graus. Assim nossa recomendação é visitar a cidade em julho quando há menos chuvas, as temperaturas são agradáveis e os europeus ainda não estão como loucos viajando pelo continente em férias.

Temperaturas amenas tanto no verão quanto no inverno

O verão é a estação menos chuvosa

Onde comer

Ir a Valência e não comer a paella valenciana é como ir ao Brasil e não comer feijoada. Recomendamos prová-la no Restaurante El Coso que fica próximo a marina da cidade em frente ao mar em outra das regiões mais belas de Valência. Na carrer d´otumba existem mais uma infinidade de restaurantes, todos muito bons.

A verdadeira paella valenciana

Mas o restaurante que realmente me faz ter recordações até hoje é o Cruz Pampa. Depois de seis meses de Espanha estava doido para comer um bom churrasco. Segue minhas sugestões para ter uma noite gastronômica inesquecível. Comece com uma empanada tradicional, para logo depois se deliciar com o provolone derretido. Como terceiro peça uma parrilla de legumes, seguida da tradicional carne argentina. Aqui não tem como errar, qualquer uma que pedir vai ser muito boa. Eu particularmente prefiro o bife de chorizo ou o vacío. De sobremesa sorvete de doce de leite com doce de leite ou tiramisu.

Bife de chorizo inesquecível

Parrilla de legumes

Deliciosas empanadas

Provolone derretido, irresistível

Mas suas preocupações não devem ser apenas com os pontos turísticos de Valência. Saúde é um item primordial em uma viagem e que não deve ser negligenciado. Viaje tranquilo fazendo um Seguro Saúde conosco. Clique em Seguro Saúde e faça sua cotação on line.

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