Publicado por: Eder & Fabi Rezende | 22/03/2012

Orfanato de Elefantes – David Sheldrick Farm – Nairobi

Todos já sabem que ficamos dez dias perambulando por Nairobi sem ter muito o que fazer e mesmo assim colecionamos boas aventuras para contar. Quem não leu, leia o post A nem tão perigosa Nairobbery. Além de vivermos alguns dias dignos de Tintin, outros bem mais monótonos almoçando em restaurantes de office boys e tirando uma siesta, também tivemos nossos momentos turísticos. Um turismo meio assim a lá Quatro Cantos do Mundo, meio exótico, esquisito, estranho, bizarro, mas não deixa de ser turismo. Quem conhece Nairobi como @fabiompalves deve estar se perguntando: qual o ponto turístico que estes malucos encontraram nesta cidade que é a antítese do turismo?

Este foi o ponto turístico que encontramos

Se ninguém sabe, pergunte ao Google quais são as atrações turísticas de Nairobi. Foi exatamente o que fizemos na lan house ao lado do nosso hotel, o já famoso Parkside do post A nem tão perigosa Nairobbery. Digitamos: “Nairobi tourist attractions”, e a primeira página foi: http://www.tripadvisor.com/Attractions-g294207-Activities-Nairobi.html. O primeiro item das atrações era o assunto do nosso post. A recomendação dizia em letras garrafais: “this is a MUST SEE”. Até ai fácil, simples, rápido e indolor. Gastamos apenas cinco minutos para encontrar tudo isso. Foi assim que começou mais uma de nossas aventuras. O Trip Advisor só diz que o orfanato de elefantes fica dentro do Nairobi National Park, mas não menciona endereço, nem como chegar ao local. Também para que o link “como chegar”, o Nairobi National Park tem apenas 117 quilômetros quadrados. Para quem estava morrendo de tédio, a busca se tornou uma grande diversão. Certos de sua eficácia, recorremos mais uma vez ao infalível Google e o máximo que conseguimos foi chegar a esta página: http://www.sheldrickwildlifetrust.org/html/contact_us.html que menciona endereço e telefone. Fomos a um locutório (quem já foi a Argentina sabe do que estamos falando) e ligamos para lá. Em uma ligação ruim e um inglês pior ainda de nosso interlocutor, só entendemos o horário de visitas e o ônibus que deveríamos tomar.

No outro dia as dez da manhã já estávamos no busão poeirento e sacolejante indicado. Perguntamos a todos os passageiros onde diabos ficava a David Sheldrick Farm, inclusive ao motorista e ao cobrador que ia pendurado na porta gritando coisas em swahili. Todos faziam a mesma cara de nem idéia do que você está falando. Sem saber onde descer fomos até o ponto final procurando por algum sinal de nosso destino. Só encontramos mesmo as meias do Judas, lugarzinho longe este. Para situações extremas, decisões arriscadas. Passando por um dos sete portões do parque resolvemos descer, também porque eu já estava com uma baita vontade de usar o tradicional “bush toilet”. Demos sorte. Uns soldados armados de fuzis que pareciam saídos da Segunda Guerra (isto é bem comum na África) nos ensinaram o caminho a seguir. Ganhamos uma batalha, mas não a guerra. Encontramos o lugar, mas o horário de visitas já estava encerrado. No outro dia a mesma aventura.

Desta vez já descolados nos caminhos na periferia de Nairobi descemos no lugar certo. Cada minuto de esforço e persistência valeu a pena. Caminhamos uns dez minutos a pé. No trajeto trocamos idéias com uma família de babuínos, batemos um papo com um rinoceronte, de longe é verdade devido a timidez de ambas as partes e na entrada da David Sheldrick Farm fomos recebidos pela família do Pumba dizendo: “Hakuna Matata what a wonderful world”. O mais incrível da África é constatar que os animais que aqui só vemos no Simba Safári, por lá se misturam normalmente a paisagem. É como dizer algo do tipo: Encontrei um rinoceronte vira lata vadiando ao redor de casa.

Perceberam o ar tímido de nosso amigo?

Boas vindas do Pumba: Hakuna Matata

Chegamos cedo e logo muitas de nossas dúvidas foram solucionadas em um passe de mágica. Ninguém sabia nos informar como chegar ao local porque todos os turistas (exceto nós) chegam de uma só vez em um tsunami de vans de agências de turismo que inundam o local. Conversando com um dos tratadores dos animais também ficamos sabendo que não foi uma coincidência nosso bate papo com o rinoceronte. Este foi um órfão criado na David Sheldrick Farm que mesmo após a reintrodução a natureza volta para se exibir no horário das visitas.

Tivemos uma hora para curtir a brincadeira de ver, tocar e nos lambuzar com elefantezinhos. As mulheres diriam: olha que cute cute, que gracinha, tão bonitinho. E em palavras talvez um pouco diferentes é mais ou menos isso. Apesar de não ser algo natural o contato destes animais com o ser humano, foi só assim que eles conseguiram sobreviver após suas mães morrerem de causas naturais ou na maioria dos casos caçadas por pessoas ricas que acham legal matar um animal. Se um ser humano tira uma vida, é justo que o outro conserve.

Que cute cute

Lama é o que eles mais gostam

Os elefantes entram num espaço cheio de água e terra em bandos separados por idade. Primeiro maternal I, depois maternal II, jardim I e por ai vai. Minha filha ainda não vai a escola e não estou atualizado com as nomenclaturas modernas, mas deu pra entender. Fazem algumas peripécias, são alimentados e a parte mais legal é quando podemos interagir com eles como na foto abaixo.

Fabi se divertindo com seus novos amigos

Mamadeira na boquinha

Quando você pensa que acabou o show, se enganou. Entrou um animal, ou melhor, um filhote de um animal que com certeza não era um elefante e pouca gente sabia dizer qual a espécie do bicho. Só depois dos tratadores anunciarem em alto e bom som, pudemos notar alguma semelhança daquele filhote indefeso com um forte rinoceronte adulto. O mini rinoceronte também faz algumas estrepulias e depois parte para seu descanso.

Isto ainda vai ser um rinoceronte

Na saída ainda passamos por um rinoceronte cego que foi criado na David Sheldrick Farm e devido a sua condição vive lá até hoje.

Na volta ao centro de Nairobi todos entraram confortavelmente em suas vans e nós: camelagem. Caminhada em baixo do sol até a estrada e van lotada até o centro, com direito há alguns minutos na pele dos elefantezinhos. Na van só havia dois brancos (eu e a Fabi) e foi por isso que flagramos um dos passageiros tentando discretamente (sem conseguir) tirar fotos nossas dentro da van. Assim como os elefantezinhos tivemos nossos minutos de bicho raro.

Mas suas preocupações não devem ser apenas com os pontos turísticos locais. Saúde é um item primordial em uma viagem e que não deve ser negligenciado. Viaje tranquilo fazendo um Seguro Saúde conosco. Clique em Seguro Saúde e faça sua cotação on line.

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Veja Também:

A nem tão perigosa Nairobbery – Nairobi – Quênia

Cara a cara com o leão – Lion Park – Johannesburg – África do Sul

Papai Noel trocou o trenó por um caminhão


Respostas

  1. Cute, cute. Falando sério: é assim que é bom viajar. Quanto menos a gente espera de um lugar, sempre encontra coisas incríveis.

    • Olá Yara
      você tem razão, quanto menor a expectativa sobre um lugar, maiores as chances de encontramos algo incrível.

      Nairobi tá ai para provar esta teoria, basta fuçar que você acha.

      bjs
      Eder

  2. Olá pessoal, vocês realmente são estrelas quando o assunto é desbravar territórios exóticos e seus encantos mil. Nós acompanhamos vocês de ponta a ponta porque sabemos e estamos consciente de que jamas iremos ou melhor, teremos a devida coragem de fazer o que voês estão fazendo. Fabi como sempre está a frente de momentos fantásticos. Só parabéns para você é muito pouco, então, compartilhar e recomendar aos nossos amigo será um complemento dos nossos parabéns. Abraços e boa viagem.

    • Waltão nosso leitor mais assíduo.

      Grande, nós adoramos suas mensagens sempre cheias de energia.

      A aventura está em nosso sangue de viajante, já é DNA. Agradecemos a divulgação de nosso blog a seus amigos.

      e continue nos acompanhando. Aproveita a promoção da GOl e vem para cá no próximo Encontro.

      abraços

      Eder

  3. Amei!! Realmente é muito “cute cute”! Fico imaginando vocês batendo um papo com o Pumba! rsrs
    Continuem dividindo estas experiências ao redor do mundo! Adoro ler este blog!

    • Oi Lu

      legal que tenha gostado. Estamos ansiosos para ouvir suas histórias de Volta ao Mundo.

      Quando começa a sua?

      grande beijo

      Eder

  4. Oi, pessoal. Tudo bem com vocês?

    Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
    Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com

    Até mais,
    Bóia

    • Olá Bóia

      é sempre um prazer ver nosso trabalho publicado no Viaje na Viagem.

      grande abraço

      Eder

  5. […] Orfanato de Elefantes – David Sheldrick Farm – Nairobi […]

  6. Eder, vou p Africa em abril 2013 e gosto mto de planejar com antecedencia.
    pode me enviar seu e mail p eu tirar umas duvidas ? obrigada

  7. […] as girafas tão de perto e visitado o Orfanato de Elefantes (descritos pelo Eder e a Fabi no post: Orfanato de Elefantes – David Sheldrick Farm – Nairobi) foram excelentes surpresas para mim. Até um cara feio como eu, ganhei um molhado beijo de uma […]

  8. Que delícia de viajem! estou terminando a faculdade de Biologia e planejando algumas dessas já… afinal está no nosso DNA essa vida selvagem, querendo conhecer todos os lugares…

    Agora que conheci o site, vou acompanhar sempre! quem sabe uma hora dessas não conto uma viajem também!

    Beijoos!

    • Ola Gabriele
      a vida selvagem realmente nos atrai muito e por isso mesmo a Africa e nosso continente favorito.

      Fique a vontade para escrever alguma de suas aventuras para nosso blog

      bjs

      Eder

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